domingo

Sigmund Freud - Estádios de desenvolvimento psicosexual

Estádios de desenvolvimento psicosexual


     Para Freud, o desenvolvimento da personalidade processa-se numa sequência de estádios psicossexuais que decorrem desde o nascimento até à adolescência: estádio oral, anal, fálico, de latência e genital.
    A cada estádio psicossexual corresponderia uma determinada zona erógena. E aos diferentes estádios do desenvolvimento corresponderiam conflitos psicossexuais específicos. O desenvolvimento da personalidade estaria relacionado com a qualidade das experiências emocionais vividas nos diferentes estádios. É importante salientar que para o fundador da psicanálise as grandes modificações afectivas acontecem nos três primeiros estádios. A personalidade estaria praticamente formada por volta dos 7 anos.

Estádio oral

    Este estádio decorre do nascimento até cerca dos 12/18 meses. A zona erógena é a boca: o bebé obtém prazer ao mamar, ao levar objectos à boca, bem como através de estimulações corporais. A sexualidade é auto-erótica. O desmame corresponde a um dos primeiros conflitos vividos.
    Equanto o id, que é a herança biológica do ser humano, é orientado pelo princípio do prazer, o ego rege-se pelo princípio da realidade, que corresponde a normas e às exigências da vida em sociedade. É neste estádio que o ego se forma.

Estádio anal

    Este estádio decorre dos 12/18 meses aos 2/3 anos, a zona erógena pé a região anal. A criança obtém prazer pela estimulação do ânus ao reter e expulsar as fezes. O controlo da defecação gera, simultanemante, sentimentos de prazer e de dor. É nesta fase que se faz a educação para a higiene. Uma educação equilibrada promoverá a criatividade, a produtividade e a generosidade. Se a educação é severa e demasiado exigente resultarão comportamentos ambivalentes: obsessão pela ordem, teimosia, avareza, egoísmo, ou então, crueldade, violência, rebeldia e desorganização. Neste estádio, há o reforço do Ego.

Estádio fálico

    Este estádio decorre dos 3 aos 5/6 anos. A zona erógena principal é a região genital: os órgãos sexuais são estimulados pela criança, que assim obtém prazer. A curiosidade sobre as diferenças sexuais é grande.
    É neste estádio que surge o Complexo de Édipo (Electra nas raparigas) que consiste na atracção da criança pelo progenitor oposto e na agressividade para com o progenitor do mesmo sexo. O recalcamento do desejo sexual incestuoso leva a um mecanismo de defesa que se chama identificação – o rapaz adopta o comportamento, valores e atitudes do pai (ao aproximar-se do pai este torna-se menos ameaçador). É aqui que se forma o super-ego e se supera o complexo de Édipo, bem como se desenvolve a noção de identidade sexual.
  

Período de latência

    Este estádio decorre dos 5/6 anos até à puberdade. Este período é caracterizado por uma aparente atenuação da actividade sexual. Seria neste estádio que ocorreria a amnésia infantil: a criança reprime no inconsciente as experiências que a perturbaram no estádio fálico. A criança investe a sua energia nas actividades escolares, ganhando especial importância as relações que estabelece entre os colegas e professores.

Estádio genital

    A partir da puberdade a zona erógena é a região genital. Na adolescência, em virtude da maturação física e da produção de hormonas sexuais, renascem os impulsos sexuais. É o período em que os conflitos dos estádios anteriores podem ser resolvidos. Assume-se uma sexualidades socialmente aceite. Desenvolve-se o desejo de gratificação sexual mútua – capacidade de amar e partilhar o prazer. Os impulsos do Id são sublimados (casamento, educação dos filhos, desempenho profissional).
 

 

 



Estádio oral

(do nascimento até cerca dos 12 meses)

·   A zona erógena principal é a boca: o bebé obtém prazer ao mamar, ao levar objectos à boca e através de estimulações corporais.
·   A sexualidade é auto-erótica.
·   O desmame corresponde a um dos primeiros conflitos vividos: o id, orientado pelo princípio do prazer, é dominante, opondo-se ao ego, que se rege pelo principio da realidade.
·   È neste estádio que se forma o ego.


 

Estádio anal

(1-3 anos)

·   A zona erógena principal é a região anal: a criança obtém prazer pela estimulação do ânus ao reter e expulsar as fezes.
·   Adquire o controlo dos esfíncteres.
·   É nesta fase que se faz a educação para a higiene.
·   O controlo da defecação gera simultaneamente sentimentos de prazer e de dor – ambivalência.
·   A sexualidade é auto-erótica.
·   Há um reforço do ego.



 Estádio fálico

(3-5 anos)

·   A zona erógena principal é a região genital: os órgãos sexuais são estimulados pela criança obtendo prazer. A curiosidade sobre as diferenças sexuais é grande.
·   Surge o complexo de Édipo, que consiste na atracção da criança pelo progenitor do sexo oposto e agressividade para com o progenitor do mesmo sexo. È com este, que surge como modelo, que ela se vai identificar.
·   A identificação com o progenitor do mesmo sexo leva a criança a adoptar os seus comportamentos, valores e atitudes. É a sua interiorização que conduz à formação do superego
·   É através do processo de identificação que se supera o complexo de Édipo.
·   A sexualidade auto-erótica passa a ser investida nos pais.

  Estádio de latência

(6-11/12 anos)

·   Período caracterizado por uma aparente atenuação da actividade sexual.
·   É neste estádio que ocorre a amnésia infantil: a criança reprime no inconsciente as experiências que a perturbam no estádio fálico. É uma forma de defesa.
·   A criança investe a sua energia nas actividades escolares, ganhando especial importância as relações que estabelece entre os colegas e o professor.




Estádio genital

(depois da puberdade)

·   A zona erógena principal é a região genital. Há uma activação da sexualidade que esteve latente no período anterior.
·   Apesar de os investimentos afectivos se desenrolarem fora da família, há uma reactivação do complexo de Édipo.
·   O processo de anatomia relativamente aos pais passa por os encarar de forma mais realista (luto das imagens idealizadas dos pais que caracterizam os estádios anteriores)
·   O prazer sexual envolve todo o corpo integrando todas as zonas erógenas.
·   É o último estádio de desenvolvimento da personalidade
·   Alguns adolescentes, face às dificuldades deste período, regridem e fases desenvolvimentais anteriores, recorrendo também a mecanismos de defesa do ego, como o ascetismo e a intelectualização. Através do ascetismo o adolescente nega o prazer, procura ter um controlo das pulsões, através de uma rigorosa disciplina e isolamento. Pela intelectualização, o jovem procura esconder os aspectos emocionais da adolescência, interessa-se por actividades do pensamento, colocando aí toda a sua energia.



Estádio oral

(do nascimento até cerca dos 12 meses)

·   A zona erógena principal é a boca: o bebé obtém prazer ao mamar, ao levar objectos à boca e através de estimulações corporais.
·   A sexualidade é auto-erótica.
·   O desmame corresponde a um dos primeiros conflitos vividos: o id, orientado pelo princípio do prazer, é dominante, opondo-se ao ego, que se rege pelo principio da realidade.
·   È neste estádio que se forma o ego.


 

Estádio anal

(1-3 anos)

·   A zona erógena principal é a região anal: a criança obtém prazer pela estimulação do ânus ao reter e expulsar as fezes.
·   Adquire o controlo dos esfíncteres.
·   É nesta fase que se faz a educação para a higiene.
·   O controlo da defecação gera simultaneamente sentimentos de prazer e de dor – ambivalência.
·   A sexualidade é auto-erótica.
·   Há um reforço do ego.



 Estádio fálico

(3-5 anos)

·   A zona erógena principal é a região genital: os órgãos sexuais são estimulados pela criança obtendo prazer. A curiosidade sobre as diferenças sexuais é grande.
·   Surge o complexo de Édipo, que consiste na atracção da criança pelo progenitor do sexo oposto e agressividade para com o progenitor do mesmo sexo. È com este, que surge como modelo, que ela se vai identificar.
·   A identificação com o progenitor do mesmo sexo leva a criança a adoptar os seus comportamentos, valores e atitudes. É a sua interiorização que conduz à formação do superego
·   É através do processo de identificação que se supera o complexo de Édipo.
·   A sexualidade auto-erótica passa a ser investida nos pais.

  Estádio de latência

(6-11/12 anos)

·   Período caracterizado por uma aparente atenuação da actividade sexual.
·   É neste estádio que ocorre a amnésia infantil: a criança reprime no inconsciente as experiências que a perturbam no estádio fálico. É uma forma de defesa.
·   A criança investe a sua energia nas actividades escolares, ganhando especial importância as relações que estabelece entre os colegas e o professor.




Estádio genital

(depois da puberdade)

·   A zona erógena principal é a região genital. Há uma activação da sexualidade que esteve latente no período anterior.
·   Apesar de os investimentos afectivos se desenrolarem fora da família, há uma reactivação do complexo de Édipo.
·   O processo de anatomia relativamente aos pais passa por os encarar de forma mais realista (luto das imagens idealizadas dos pais que caracterizam os estádios anteriores)
·   O prazer sexual envolve todo o corpo integrando todas as zonas erógenas.
·   É o último estádio de desenvolvimento da personalidade
·   Alguns adolescentes, face às dificuldades deste período, regridem e fases desenvolvimentais anteriores, recorrendo também a mecanismos de defesa do ego, como o ascetismo e a intelectualização. Através do ascetismo o adolescente nega o prazer, procura ter um controlo das pulsões, através de uma rigorosa disciplina e isolamento. Pela intelectualização, o jovem procura esconder os aspectos emocionais da adolescência, interessa-se por actividades do pensamento, colocando aí toda a sua energia.

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