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Vantagens do exercício físico na terceira idade

 Na Terceira Idade a prática de exercício físico pode trazer benefícios para saúde dos idosos.
    Já é sabido que quando se chega a uma certa idade a predisposição para realizar algumas actividades é cada vez menor. No entanto, não se pode entender logo à partida que ser idoso é passar a vida fechado em casa e ver a vida passar à janela ou então a dormir para que o tempo passe mais rapidamente. A terceira idade pode ser vivida com um corpo e uma mente sãos e uma das formas para ajudar a ocupar o tempo será a fazer exercício.

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    Deste modo, fazer actividade física traz imensos benefícios ao idoso, entre eles:
 
  • a diminuição da gordura corporal;
  • o incremento da massa e da força muscular;
  • o incremento da densidade óssea;
  • incrementa a flexibilidade;
  • a diminuição da pressão arterial;
  • a socialização;
  • a melhoria da auto-estima;
  • a independência.
    Portanto, pode dizer-se que o exercício físico melhora a velocidade do andar, o equilíbrio aumenta o nível de actividade física espontânea, melhora a auto-eficácia, contribui para a manutenção e/ou aumento da densidade óssea, ajuda no controle dos diabetes, artrites, doenças cardíacas, melhora a ingestão alimentar, diminui a depressão, fortalece os músculos das pernas e costas, incrementa a flexibilidade, mantém o peso corporal e melhora a mobilidade.

O fim da vida: morte e luto

 Com o passar da idade e a escassez do tempo, os idosos confrontam-se com o aproximar da própria morte. Mas nem todos os idosos lidam da mesma forma com tal facto. Segundo Kubler-Ross, o indivíduo pode lidar da seguinte forma:
  • Negação
  • Irritação/raiva
  • Negociação
  • Depressão
  • Aceitação
    Ao aproximar-se dos seus últimos dias, o indivíduo sofre, ficando desesperado por saber o que o espera.


O envelhecimento: mudanças físicas e cognitivas

Fala-se correntemente do envelhecimento como se tratando de um estado tendencialmente classificado de “terceira idade” ou ainda “quarta idade”. No entanto, o envelhecimento não é um estado, mas sim um processo de degradação progressiva e diferencial. Ele afecta todos os seres vivos e o seu termo natural é a morte do organismo. É, assim, impossível datar o seu começo, porque de acordo com o nível no qual ele se situa (biológico, psicológico ou sociológico), a sua velocidade e gravidade variam de indivíduo para indivíduo.

Mudanças:

Físicas:
  • Aparecimento de rugas e progressiva perda de elasticidade e viço da pele
  • Diminuição da força muscular, da agilidade e da mobilidade das articulações;
  • aparecimento de cabelos brancos e perda de cabelo entre os individuos do sexo masculino;
  • Redução da acuidade sensorial, da capacidade auditiva e visual
  • Distúrbios no aparelho respiratório, circulatório
  • Alteração da memória
Psicossociais: 
  • Modificações afetivas e cognitivas: efeitos fisiológicos do envelhecimento; consciência da aproximação do fim da vida;
  • Suspensão da atividade profissional por aposentadoria: sensação de inutilidade; solidão; afastamento de pessoas de outras faixas etárias; segregação familiar; dificuldade económica; declínio no prestígio social, experiências e de valores e outras.
Funcionais:
  • Necessidade de pedir ajuda para executar tarefas simples do quotidiano.

Notícia:
População portuguesa está cada vez mais envelhecida
2008-02-26

População portuguesa, no ano de 2006, apresentou um acréscimo populacional de 29.503 indivíduos face ao ano anterior mas está cada vez mais envelhecida.

No ano de 2006 registaram-se 105.449 nados vivos e 101.990 óbitos de residentes em Portugal, o que representa uma diminuição de 3,6% e de 5,1% respectivamente, face ao ano de 2005, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Estes valores representam uma taxa de crescimento natural de 0,03% e uma taxa de crescimento efectivo da população de 0,28%. Esta última taxa foi induzida, essencialmente, pela taxa de crescimento migratório que foi de 0,25%.

O envelhecimento demográfico português aumentou, devido ao declínio da fecundidade e ao aumento da longevidade, com o seu índice a ser de 112 idosos por cada 100 jovens comparado com os 110 idosos por cada 100 jovens em 2005.

A população com mais de 65 anos representa 17,3% da população nacional e os indivíduos com menos de 15 anos representam 15,5% da população residente. No ano anterior estes valores tinham sido de 17,1% para a população idosa e de 15,6% de jovens.


In Jornal de Negócios

Desenvolvimento da personalidade - continuidade e mudança

"Personalidade" é um conceito amplo e abrangente. É a organização permanente das predisposições do indivíduo dos seus traços característicos, motivações, valores e modos de ajustamento ao ambiente.
 
    Na vida adulta não existe tanta estabilidade como se acreditava antigamente. É uma idade de transformação.
    É verdade que a mudança acontece de uma forma mais pausada, num ritmo mais lento do que na infância ou na adolescência. No período compreendido entre os 5 e 15 anos de vida, ocorrem transformações mais notáveis do que em qualquer outro período adulto.
    Na questão sobre mudanças ou estabilidade no comportamento dos adultos, temos:
  • Processos básicos;
  • Tarefas de desenvolvimento que vão sendo propostas no decorrer da vida adulta;
  • A relativa semelhança do padrão de traços;
  • O desenvolvimento propriamente evolutivo e de maturação pessoal cumprida sob todos os níveis anteriores.
 A primeira dificuldade em que tropeça qualquer hipótese sobre estabilidade ou descontinuidade comportamental no longo prazo dos anos adultos está no modo de avaliá-la. Segundo Kagan (1981):
  • Persistência de uma qualidade psicológica ao longo do tempo.
  • Estabilidade “ipsativa”. Com mesmo Individuo.
  • Estabilidade “normativa”, por comparação com um grupo.
  • Semelhança funcional em comportamentos diferentes.
    O assunto torna-se ainda mais complicado, porque existem diferenças individuais no próprio facto de mudar ou não. Nesse relevo de estruturas, finalmente, os autores costumam ver ou traçar não só o desenvolvimento real das pessoas, mas também um esboço-modelo do desenvolvimento desejável, de um “bom” amadurecer ao qual aspirar.
    Tais estágios de progressiva maturidade na identidade pessoal caracterizam-se: o primeiro, pela reciprocidade de um conviver e compartilhar plenos em comunicação diante do isolamento; o segundo, pela geração de obras ou filhos diante do estancamento e da esterilidade na vida; o último, pela integridade de uma vida pródiga.
    Na idade adulta intermediária (até aos 60 anos), essas tensões amenizam-se e as pessoas tornam-se mais reflexivas e ajuizadas. É questionável a precisão cronológica dos períodos e das transições numa extensa idade em que os itinerários e não somente os ritmos das pessoas são cada vez mais divergentes.
    Evidentemente, não existe uma única crise da maturidade, da meia-idade, qualquer que seja a data em que for colocada. As crises costumam acontecer no meio e ao longo do caminho da vida adulta.
    Certamente, o elemento comum à crise da idade adulta reside na tomada de consciência de que a juventude já passou, de que muitas ilusões e expectativas não se cumpriram jamais. É dar-se conta das frustrações e das limitações da vida.

Desenvolvimento do adulto e o trabalho

  A tipologia de interesses vocacionais de J. Holland, hegemónica no campo da psicologia vocacional, considera a escolha da carreira como expressão directa da personalidade. O modelo propõe seis tipos de interesse ou factores de personalidade vocacional:
  • Realista;
  • Investigativo;
  • Artístico,
  • Social;
  • Empreendedo;
  • Convencional.
    Holland sugeriu que as preferências vocacionais estão relacionadas às diferenças em capacidades e disposição para fazer transições de carreira. O mercado de trabalho actual requer profissionais adaptáveis e capazes de gerenciar as suas carreiras. Estes comportamentos podem ser descritos através dos conceitos de comprometimento e entrincheiramento de carreira. O comprometimento inclui a identificação com o trabalho e o planeamento da carreira. O entrincheiramento refere-se à imobilização do sujeito numa ocupação devido à falta de alternativas de carreira e ao medo da mudança. Adultos na meia-idade são propensos ao entrincheiramento devido à restrição das suas oportunidades de crescimento profissional neste período. É também nesta época que surgem as preocupações generativas. A generatividade significa o envolvimento do indivíduo com o bem-estar das próximas gerações e o seu desejo de ser lembrado na posteridade.
    Diferenças de personalidade têm sido associadas à adaptabilidade de carreira e à generatividade. A generatividade correlaciona-se positivamente com o comprometimento e negativamente com o entrincheiramento. Pessoas convencionais revelam menor generatividade em comparação com artísticas, sociais e empreendedoras. Na idade adulta média, pessoas investigativas mostram maior entrincheiramento do que empreendedoras e realistas. Pessoas empreendedoras mostram maior planeamento de carreira do que realistas e sociais. A adaptabilidade de carreira e a generatividade estão relacionadas a pessoas com interesse vocacional, corroborando a importância de factores de personalidade para o entendimento do desenvolvimento adulto. As implicações teóricas e práticas são discutidas.
 http://www.saveforhouse.com/images/woman-working-weekend-job.jpg
 
Discriminação da mulher agravou-se
2009-05-23
A participação das mulheres no mercado de trabalho tem vindo a aumentar nas últimas décadas, representando actualmente 47% da população activa, mas elas ainda ganham menos do que os homens e ocupam os postos de trabalho menos qualificados.
Estes são os resultados de um estudo da CGTP, feito com base em dados do INE, acrescentando que em 2008 as mulheres tinham uma taxa de actividade de 48%, menos 10 pontos percentuais que a taxa masculina, que foi de 58%.
Actualmente, mais de 2,4 milhões de mulheres portuguesas trabalham , 78% das quais por conta de outrem, o que mostra, segundo a CGTP, que a taxa de assalariamento das mulheres é superior à dos homens.
O estudo, que a Intersindical apresentou na V Conferência para a Igualdade entre Mulheres e Homens, refere que o emprego feminino aumentou apenas 1,8% entre 2005 e 2008 e considera que isto é "o reflexo do aumento da precariedade". Neste período aumentaram 23% os contratos não permanentes entre as mulheres trabalhadoras e desceram 1% os contratos permanentes.
De acordo com Odete Filipe, coordenadora da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP, nos últimos quatro anos verificou-se "um retrocesso na emancipação económica das mulheres" provocado pelo aumento do desemprego feminino e discriminação salarial.
Esta Comissão vai pedir aos partidos políticos e ao Governo, neste período pré-eleitoral, que defendam o emprego sem precariedade, melhores salários e ajudem a combater a discriminação entre homens e mulheres.
"O nosso objectivo é que o partidos adoptem, neste período de eleições, políticas que promovam a igualdade e combatam a discriminação", disse Odete Filipe.
in Jornal de Notícias

Desenvolvimento cognitivo no inicio da vida adulta ( 20 - 30 anos)

  Como se formam os casais?
A formação de casais dá-se através de:
  • Atracção inicial;
  • Reforço da relação;
  • Compromisso e intimidade;
    Tendo sempre por base a negociação de fronteiras e os estilos de comunicação.
 Posto isto podemos definir 2 tipos de padrões sexuais: Heterossexuais e Homossexuais.
lindsaylozon211106.jpg image by gustavodamas

Intimidade vs Isolamento (18-30 anos)

 Promiscuidade vs Exclusão
     Nesta fase, o indivíduo depara-se com os “primeiros amores”. É por volta desta altura que o indivíduo estabelece relações afectivas …
     A psicologia descreve o amor como um fenómeno cognitivo e social. O psicólogo Robert Sternberg formulou uma teoria triangular do amor e discutiu que o amor tem três componentes diferentes: Intimidade, Compromisso, e Paixão.
    A Intimidade é a forma pela qual duas pessoas podem compartilhar segredos e vários detalhes de suas vidas pessoais. A intimidade é mostrada geralmente nas amizades e em romances românticos.
    O Compromisso, de um lado, é a expectativa que o relacionamento irá durar para sempre.
    A última e a mais comum forma do amor são atracção sexual e Paixão.
     Durante o amadurecimento de um relacionamento esses três pilares aparecem em maior ou menor grau. De acordo com o autor, um relacionamento baseado em um único elemento tem menos chances de sobreviver do que um baseado em dois ou mais.
    De acordo com a presença ou ausência de cada um dos elementos temos as combinações de sentimentos:

Tipo de AMOR
Intimidade
Paixão
Compromisso
Não amor
-
-
-
Gostar
+
-
-
Amor cego
-
+
-
Amor vazio
-
-
+
Amor romântico
+
+
-
Amor companheiro
+
-
+
Amor tolo
-
+
+
Amor perfeito
+
+
+
Casamento : Portugueses casam menos e mais tarde
Terça, 12 Fevereiro 2008 15:52
    O número de casamentos celebrados em Portugal diminuiu 24,9% entre 2000 e 2006, tendo a idade média do primeiro casamento subido de 27,5 para 29,1 anos nos homens, e de 25,7 para 27,5 anos no caso das mulheres, revelam os indicadores sociais relativos a 2006 divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística.
    Em 2006, a taxa bruta de divorcialidade cifrava-se em 2,2 por mil, acima dos 1,9 por mil registados em 2000.
    A quebra no número de casamentos deve-se à diminuição de 39,6% nos casamentos católicos, tendo os casamentos exclusivamente civis aumentado 2,1%.
    Os dados do INE mostram ainda que mais de um em cada quatro casamentos (26,6%) ocorre após o casal ter vivido junto. Este indicador era de apenas 13,3% em 2000.
    A dimensão dos agregados familiares também tem vindo a diminuir, com as famílias constituídas por uma ou duas pessoas a representar 45,7% do total em 2006, mais 3,7 pontos percentuais do que os 42% registados em 2000.
in Jornal de Notícias
    Nesta fase há um confronto com a Paternidade. Os adultos têm que aprender a educar e a serem educados; a (re)interpretar tudo o que lhes é transmitido, constituindo assim um ponto de partida para uma nova etapa da sua vida.
    Apesar de no inicio o casamento parecer correr às mil maravilhas, muitos homens e mulheres sentem pânico quando o assunto “casamento” se torna umaa ideia de estar presa a uma única pessoa, quando se deparam com as responsabilidades de se ser pai/mãe, com os conflitos entre esposa/marido, com as diferentes opiniões, etc. é por isso que também é nesta fase que regista o maior número de divórcios. 
Divórcios cresceram 89% em dez anos
2006-05-08
Ivete Carneiro
 
    Portugal foi o país da Europa dos 15 com maior crescimento do número de divórcios entre 1995 e 2004. Passou de 12.322 para 23.348, ou seja, mais 89,4%. Praticamente o dobro. O que não significa que os portugueses se divorciem mais do que os restantes europeus. Segundo dados do organismo europeu de estatísticas (Eurostat), a taxa de divórcios no nosso país foi de 0,3% em 2003, enquanto no Norte da União essas taxas chegam aos 0,6% na maioria dos países.
    A comparação é feita pelo Instituto de Política da Família, um organismo internacional independente que deverá apresentar amanhã, em Bruxelas, os resultados finais de um trabalho que estima um casamento dissolvido em cada 30 segundos na União Europeia. O estudo, citado pelo diário espanhol "El Mundo", aponta quase um milhão de divórcios por ano na UE dos 25, mais 50% do que em 1980. Por cada dois casamentos, há um que se rompe.
    Curiosamente, no grupo dos estados com maior aumento da taxa de divórcio entre 1995-2004, a Portugal seguem-se a Itália (62%) e a Espanha (59%). Isto é, países do Sul da Europa, de tradição mais conservadora. Segundo o Eurostat, que para ambos os países só disponibiliza números até 2003, a Itália passou de 27.038 separações definitivas em 1995, para 43.856.
    Já em Espanha, 2003 parece ter sido um ano de pico nas dissoluções de casamento, que atingiram as 86.298, mais 161% do que 14 anos antes. Em Portugal, esse pico verificou-se em 2002, com 27.708 divórcios. Mas este tipo de subida não encontra repercussão nos países do Norte, que se limitam a manter taxas que sempre foram mais altas do que nas regiões mediterrânicas.
    Tanto Portugal como Itália e Espanha saíram tardiamente de regimes ditatoriais e são países com forte influência da Igreja, o que poderá explicar esta evolução na dissolução de uniões. Atentando no número de divórcios por cem casamentos, Portugal atingiu em 2002 os 49,4 (41,3 no ano seguinte). Na mesma altura, a Bélgica contabilizava 75,7 e a Suécia 56,1. Recuando a 1990, verifica-se que esses países já eram onde havia mais divórcios, enquanto Portugal registava 12,9 por cem uniões.
    No que toca à taxas totais, Portugal é dos países com menos divórcios. Excluindo o já referido ano de pico de 2002, em que chegou aos 04%, tem andado nos 0,3% desde 2000. A Bélgica atingiu os 0,6% em 2003, fixando-se os países nórdicos nos 0,5%. Outro dado comparável é a duração média do casamento na altura da dissolução. Era de 12,7 anos para aos casais portugueses desavindos em 2003, contra 14,1 em 1990. E nisso, o nosso país não se afasta grandemente das tendências dos restantes europeus.
    A título de curiosidade, refira-se que, segundo o Instituto Nacional de Estatística, no ano de 1941 registaram-se em Portugal 686 divórcios. Em 1973 foram 604, para passar para 1552 após Revolução dos Cravos. A viragem dos dez mil aconteceu em 1991.
in Jornal de Noticias

Lawrence Kolhberg - Desenvolvimento ao longo da vida adulta

Maturidade

    Do ponto de vista científico, a maturação ou amadurecimento é o processo de desenvolvimento dos seres vivos ou suas partes no sentido de tornar o organismo apto para a reprodução. Em relação aos animais, diz-se que, nessa altura, eles atingem a maturidade. Os seres que ainda não atingiram a maturidade designam-se como "imaturos".
Por outro lado, do ponto de vista “social”, uma pessoa torna-se madura a partir do momento em que possui as seguintes características:
  • Empregado;
  • Ser financeiramente independente;
  • Ser pai;
  • Independência e autonomia pedagógica;
  • Tomada de decisão independente;
  • Algum grau de estabilidade;
  • Sabedoria;
  • Fiabilidade;
  • Integridade;
  • Compaixão

Relógio Biológico


    É um mecanismo interno do ser humano que ajusta uma série de funções do nosso organismo com os ciclos do ambiente, como o dia e a noite. É responsável, por exemplo, pela regulação da temperatura corporal, a secreção hormonal, a variação da pressão arterial e, principalmente, o ciclo do sono. É o nosso relógio biológico, portanto, que faz com que sintámos necessidade de ir para a cama à noite e ficar despertos ao longo do dia. Esse mecanismo controlado pelo cérebro também é responsável por ajustar o nosso sono quando fazemos viagens aéreas cruzando vários fusos horários.
“O relógio biológico é uma estrutura fundamental para a manutenção do bom funcionamento do nosso organismo. Alterações nele podem levar ao surgimento de doenças, como pressão alta, gastrites, depressão e distúrbios do sono”
John Fontanele Araújo

http://3.bp.blogspot.com/_Kohx7Z285ug/Sv1-MIAvm0I/AAAAAAAAAlo/uQlVAkEOKY4/s400/gravida-tintura-cabelos-240308.jpgUm outro exemplo de relógio biológico é a gravidez.


E tu? O que achas? O que é a maturidade para ti?

Lawrence Kolhberg - Níveis e estádios de desenvolvimento moral

 

Nível pré-convencional

    Estádio 1 - Orientação pela obediência e punição. Deferência egocêntrica face ao poder e à autoridade.
    Estádio 2 - Estádio da individualidade instrumental. Orientação egoísta. A acção correcta é aquela que satisfaz as necessidades do indivíduo e apenas ocasionalmente dos outros. Igualitarismo radical.
  • Para o estádio 1, o certo é a obediência cega às regras e à autoridade, de forma a evitar a punição. O que está certo é evitar a violação das regras e evitar danos físicos aos outros e à propriedade. As razões para fazer o que está certo é evitar a punição e os castigos. A criança neste estádio assume um ponto de vista meramente egocêntrico. Não considera os interesses dos outros e não relaciona vários pontos de vista em simultâneo.
  • Para o estádio 2, o certo é a satisfação das nossas necessidades. O que está certo é seguir as regras quando elas nos servem. O certo é a satisfação dos nossos interesses e necessidades. O certo é deixar os outros fazerem o mesmo. Neste estádio, a criança reconhece que os outros também têm interesses. A criança, neste estádio, assume uma perspectiva concreta individualista. Separa os seus interesses dos interesses dos outros. Os conflitos de interesses resolvem-se dando a todos uma parte igual.

Nível convencional

    Estádio 3 - Orientação bom rapaz, linda menina. Orientação para a aprovação e para agradar aos outros. Conformidade aos esteriótipos sociais.
    Estádio 4 - Orientação para a manutenção da ordem e da autoridade. Respeito pela autoridade e pelas expectativas que a sociedade deposita em nós.
  • Para o estádio 3, o certo é ser simpático, leal e digno de confiança. O adolescente, neste estádio, preocupa-se com as necessidades dos outros e procura cumprir as regras e as normas. O que está certo é viver de acordo com aquilo que os outros esperam de nós e fazer aquilo que os outros esperam que nós façamos. O adolescente, neste estádio, mostra gratidão e apreço pelas autoridades e procura ser digno dessa confiança. O adolescente, neste estádio, respeita a regra de ouro, isto é, reconhece a importância da reciprocidade e trata bem os outros porque espera que os outros também o tratem bem. Este estádio tem em conta tanto a perspectiva do indivíduo como a perspectiva dos outros. Uma pessoa, neste estádio, sabe partilhar sentimentos e sabe relacionar diferentes pontos de vista em simultâneo. É capaz de "calçar os sapatos dos outros", isto é, sabe colocar-se no papel dos outros.
  • Para o estádio 4, o certo é cumprir o dever para com a sociedade, manter a ordem social e velar pelo bem estar de todos. As leis são para serem cumpridas e a sociedade espera que cada um dê o seu contributo para o bem estar geral. A razão para fazer o que está certo é ajudar a manter a ordem social e o bom funcionamento das instituições. Este estádio distingue os pontos de vista da sociedade dos pontos de vista dos grupos e dos indivíduos. Uma pessoa, neste estádio, assume o ponto de vista do sistema e considera as relações interpessoais em termos do seu lugar no sistema.

Nível pós-convencional

    Estádio 5 - Orientação contratual legalista. O dever é definido em termos de contrato. Deferência para o bem-estar dos outros e pelo cumprimento dos contratos.
    Estádio 6 - Orientação pelos princípios éticos. A acção é conforme a prinicípios universais. Primado da consciência individual e pelo cumprimento do dever.
  • Para o estádio 5, a escolha moral é baseada nos direitos básicos, nos contratos legais e nos valores morais, mesmo quando há conflito com as leis ou as regras do grupo. O que está certo é ter consciência que as pessoas nem sempre partilham os mesmos valores e que, por vezes, as leis e as regras do grupo são injustas e não merecem, portanto, ser obedecidas. A razão para fazer o que está certo reside na necessidade de respeitar os contratos e os direitos dos outros. Neste estádio, a pessoa toma decisões ma base do maior bem para o maior número. Neste estádio, há verdades mais importantes que os interesses da sociedade. A pessoa, neste estádio, considera o ponto de vista legal e o ponto de vista dos outros e procura reconhecer o conflito entre eles, de forma a fazer escolhas que tragam o maior bem para o maior número.
  • Para o estádio 6, o certo é o que obedece aos princípios éticos universais. As leis ou os contratos e acordos sociais são válidos sempre que respeitam esses princípios. Quando a lei viola os princípios éticos, a pessoa deve agir de acordo com os princípios éticos, ainda que tenha de violar as leis. Os princípios éticos relacionam-se coma noção de justiça, dignidade humana, direitos humanos e igualdade de direitos. A razão para fazer o que está certo é que a pessoa reconhece a validade dos princípios e procura cumpri-los. Este estádio reconhece que os princípios de justiça não são apenas produtos da sociedade para resolver eficazmente os conflitos, mas sobretudo o reflexo de uma ordem natural que reside tanto na natureza humana como na ordem cósmica. Estes princípios são eternos e universais, no sentido de que são um produto do desenvolvimento da natureza humana. Estão, por isso, presentes em todas as sociedades e em todas as culturas. A interacção do sujeito com o meio pode ser necessária para revelar o princípio da justiça, mas não é essa interacção que cria o princípio. O princípio ético é prévio à sociedade. É uma categoria a priori no sentido kantiano.

Lawrence Kolhberg - Dilemas morais

 Dilema moral, caracteriza-se por ser uma situação na qual reivindicações, direitos ou pontos de vista conflitantes podem ser identificados. As autoras ainda caracterizam o dilema sob duas visões:
    Tanto os dilemas hipotéticos como os dilemas que retratam a vida real, apresentam vantagens no desenvolvimento do pensamento e reflexão morais. 
    Dilemas hipotéticos não possuem uma carga emocional tão grande quanto dilemas relacionados à vida real, uma vez que nesse caso, não se está envolvido pessoalmente na situação. Existe algum distanciamento emocional entre o indivíduo e a história, sendo tidas essas questões impessoais como um tanto mais simples de serem resolvidas. Sabe-se com elas, que ninguém sofrerá pessoalmente uma consequência real, independente da decisão que for tomada. A razão, nesse tipo de dilema é visivelmente predominante.
    Por outro lado, os dilemas da vida real também oferecem certas vantagens para a discussão. Geralmente ocorrem de maneira espontânea, no próprio meio de convívio do indivíduo, tornando, na maioria das vezes, as situações familiares para este. Este tipo de dilema também oferece a vantagem de ter consequências que o próprio indivíduo pode reconhecer e avaliar com relativa facilidade.

Comente, no fórum abaixo, o seguinte dilema:

    Um comboio vai atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas na linha férrea. Mas há a hipótese de evitar a tragédia: accionando uma alavanca que leva o comboio para outra linha, onde ele irá atingir apenas uma pessoa. Mudarias o trajecto, salvando as 5 e matando 1?

Lawrence Kolhberg - Moralidade

  A teoria de Kohlberg é um dos exemplos mais significativos de uma teoria moral centrada na defesa dos princípios éticos e preocupada com o desenvolvimento do raciocínio moral, em vez da mera defesa das convenções sociais, regras de conduta e leis.
  • O que é que Kohlberg entende por princípio ético?
    Antes de mais, é um procedimento ou um conjunto de orientações para habilitar a pessoa ao confronto de escolhas morais alternativas. Constitui uma forma universal de tomada de decisões morais, com base na lógica formal e na razão. O princípio ético constitui um padrão universal que orienta a reflexão sobre questões morais. Por outro lado, o princípio ético refere-se a uma forma mais avançada e mais madura de encarar o conceito de justiça, o qual, no entender de Kohlberg, define o ponto de vista moral. De uma certa forma, o princípio ético significa duas coisas: um procedimento racional para orientar a reflexão sobre questões morais e um conteúdo identificável com o conceito de justiça.
  • O que é que Kohlberg entende por justiça?
    A justiça é o mesmo que igualdade e universalidade dos direitos humanos. A justiça é tratar, com igualdade, todas as pessoas, independentemente da sua posição social. É tratar cada pessoa como um fim e não como um meio. É o mesmo que o respeito pela dignidade humana e pressupõe o respeito pela reciprocidade. A justiça pressupõe a preocupação pelo bem estar dos outros, de uma certa forma é o mesmo que o maior bem para o maior número (Kant).
    Kohlberg rejeita quer a ideia de que a moralidade é a expressão das normas do grupo quer a ideia de que a moralidade é uma questão de gosto e de preferência individual. Os princípios éticos não derivam da sociedade ou da cultura, eles são autónomos, fazem parte da natureza humana e estão inscritos na ordem cósmica.
    Conhecida como teoria cognitivo-desenvolvimentista, a teoria de Kohlberg concede um lugar central à cognição no processo de desenvolvimento moral. Alguns críticos acusam-no de conceder uma demasiada importância à cognição, desvalorizando o papel das emoções, dos sentimentos e dos hábitos.
O processo de raciocínio moral tem várias características:
    "é interactivo, isto é, o pensamento moral significa a aplicação dos processos e das operações lógicas por um indivíduo a certos problemas, experiências e situações que existem no mundo. O pensamento moral significa aplicar certos princípios e práticas a estruturas concretas e a dilemas. Estes procedimentos estão intimamente ligados ao conceito de justiça e pensar moral significa considerar as potenciais escolhas que maximizarão a preocupação pelos outros. Este procedimento deverá ser imparcial e não poderá ser afectado pelos preconceitos pessoais ou pressões de grupo"
(Chazan, 1985, 78)
    Kohlberg defende ainda que o desenvolvimento moral deve ser visto em termos de desenvolvimento de certas formas ou estruturas de pensamento e não em termos de transmissão de conteúdos morais ou de formas de conduta. O hábito, o conteúdo moral e a acção têm pouco a ver com o estádio do desenvolvimento moral. A complexidade do raciocínio e o nível da justificação para as escolhas morais são as componentes mais importantes no processo de atribuição de um estádio do desenvolvimento moral a uma pessoa. Em vez da ênfase nos conteúdos e nos comportamentos, a teoria de Kohlberg centra-se na forma, na estrutura e no processo de pensamento.

Lawrence Kohlberg

Kohlberg


 Biografia: pt.wikipedia.org/wiki/Lawrence_Kohlberg

Erik Erikson

Erikson 


    Para Erikson, existe o plano potencial de desenvolvimento (Principio epigenetico) definido segundo uma sequência de oito idades do ciclo de vida, atravessadas por crises psicossociais:

1º Idade (0-18 meses) - confiança VS desconfiança

    Nesta idade, a criança vai aprender o que é ter ou não confiança. Esta confiança esta muito relacionada com a interacção do bebe com a mãe.
Embora esta idade corresponde á face oral freudiana, ultrapassa-a. A criança, neste período, aprende a ter ou não confiança, partindo da relação com a mãe.
    “As mães criam nos filhos um sentimento de confiança através daquele tipo de tratamento que na sua qualidade combina o cuidado sensível das necessidades individuais da criança e um firme sentimento de fidedignidade pessoal dentro do arcaboiço do estilo de vida da sua cultura. Isso cria na criança a base para um sentimento de ser aceitável, de ser ela mesma, e de se converter no que os demais confiam que chegará a ser.”
    As virtudes básicas que resultam desta crise são a esperança e o impulso.
 

2º Idade (18 meses - 3 anos) - autonomia VS dúvida e vergonha

    Este período é dominado pela contradição entre a autonomia e o exercício de uma vontade própria e o seu versus negativo, constituído pela dúvida e vergonha de quem se pode “expor” demasiado quando ainda se é tão dependente. A criança precisa de poder experimentar e de se sentir protegida no processo de autonomização.
    A problemática desta idade corresponde á fase anal freudiana.
    As virtudes básicas que resultam desta crise são a força de vontade e o autocontrolo.
 

3ºidade (3- 6 anos) Iniciativa VS culpa

    Retoma-se a problemática da fase anterior de forma mais amadurecida. Esta idade relaciona-se com a fase fálica da psicanálise, pois as crianças estão interessadas pelas diferenças sexuais e tem um ego que se relaciona com os outros de forma muito intrusiva.
A culpa é descrita como interiorizada, internalizada.
    “o perigo dessa etapa é um sentimento de culpa relacionado com os objectivos visados e os actos iniciados nos próprio gozo exuberante do novo poder locomotor e mental(…)”
    “ (…) a iniciativa soma á autonomia a capacidade de empreender, de planear e de “atacar” uma tarefa pelo gosto de ser activo e de estar em movimento.”
    As virtudes básicas que resultam desta crise são o propósito e a direcção.


4º Idade (6 – 12 anos) - Industria VS Inferioridade

    Erikson utiliza a palavra indústria no sentido de produtividade, de desenvolvimento, de competência. A partir de estudos antropológicos, conclui que, nesta fase, em várias culturas, se fazem importantes aprendizagens sociais (instrução sistemática). É a fase de grande actividade que a diferencia da latência descrita por Freud. A escola tem por função ensinar o “padrão de acção da sua sociedade”
O versus negativo é o sentimento de inferioridade e de inadequação que lhe advém de não se sentir reconhecida nem segura no seu papel no grupo social a que pertence.
    As virtudes básicas que resultam desta crise são a capacidade e o método.

5ºIdade (12- 18/20 anos) - Identidade VS difusão/confusão

    É a idade onde, na vertente positiva, o adolescente vai adquirir uma identidade pessoal e psicossocial, isto é, entende a sua singularidade, o seu papel no mundo.
    As fases anteriores deixaram marcas que influenciarão a forma com se vivencia esta crise. O adolescente vai perceber-se numa perspectiva histórica.
    O versus negativo refere os aspectos de confusão de quem ainda não se encontrou a si próprio, não sabe o que quer e tem dificuldade em fazer opções.
    As virtudes básicas que resultam nesta crise são a fidelidade e a devoção.
 

6ºIdade (18/20- 30 anos) - Intimidade VS isolamento

    É a idade de jovem adulto que, com uma identidade assumida, poderá criar relação de intimidade com os outros.
    “Assim, o adulto jovem, que emerge da busca e persistência numa identidade, anseia e dispõe-se a fundir a sua identidade com os outros. Esta preparado para a intimidade, isto é, a capacidade de se confiar a filiações e associações concretas e de desenvolver a força ética necessária para ser fiel a essas ligações, mesmo que elas imponham sacrifícios e compromissos significativos.”
    A vertente negativa é o isolamento de quem não consegue partilhar afectos com intimidade nas relações privilegiadas.
    As virtudes básicas desta crise são o amor e a filiação.
 

7º Idade (30 – 60 anos)- Generalidade VS Estagnação

    A generatividade é a fase de afirmação pessoal e de desenvolvimento das potencialidades do ego, nomeadamente no mundo do trabalho e de interesse pelos outros. A pessoa sente-se madura para transmitir mensagens ás gerações seguintes. Ter filhos é, frequentemente, um desejo que se insere nesta relação com o mundo.
    A vertente positiva é o sentimento de que se tem coisas interessantes a passar às gerações vindouras. A vertente positiva é a centração nos seus interesses próprios e superficiais, a estagnação.
As virtudes básicas que resultam desta crise são o cuidado e a produção.
 

8ºIdade (depois dos 65 anos) – Integridade VS Desespero

    Quando se considera positivo o que se viveu e se compreende a nossa existência ao longo das várias idades, faz-se “a integração cumulativa do ego”.     “Embora ciente da relatividade dos diversos estilos de vida que deram significado ao esforço humano, o possuidor de integridade esta preparado para defender a dignidade do seu próprio estilo de vida contra todas as ameaças físicas e económicas.”
    O desespero é a vertente negativa que advém quando se renega a vida, mas se sabe que já não se pode recomeçar uma nova existência.
    As virtudes básicas que resultam desta crise são a sabedoria e a renúncia.
 

Head Start

A componente cognitiva é uma das mais importantes no desenvolvimento humano. Como tal, as grandes potências demonstraram desde cedo interesse na exploração e investigação de programas que estimulassem o desenvolvimento da criança a todos os niveís, mas dando especial importância ao desenvolvimento cognitivo. Neste contexto, os Estados Unidos da América são um dos grandes investidores neste tipo de iniciativa, implementando programas, que cumprissem os objectivos referidos anteriormente, como por exemplo o “Head Start” e o “SAIL intervation”.
Head Start at East Harlem 
  • Programa subsidiado pelo Estado que surge em 1965 nos EUA e que tem como fim intervir precocemente na educação das crianças.
  • As crianças tinham idades entre os 3 e os 5 anos e eram seleccionadas com base nos salários dos pais. O programa era destinado a crianças desfavorecidas tentando preencher as necessidades a nível emocional, social, de saúde, nutricional e fisiológico destas.
  • O programa tinha duas sessões diárias: das 8 às 11 horas e das 12 às 15 horas.
  • Havia aulas de socialização enquanto melhoravam também outras competências académicas e aulas de natação.
SAIL Intervention
  • Programa com tinha como fim ensinar as crianças a ler antes do tempo de escola, melhorar a sua literacia e vocabulário.
  • Era constituído por 8 semanas, 4 dias por semana, 20 minutos por dia.
  • Neste programa os professores liam para as crianças tentando integrar no vocabulário destas 3 palavras por história.
  • Quanto aos resultados, concluiu-se que as crianças melhoraram o vocabulário e a sua capacidade narrativa, no entanto a compreensão não teve grandes melhorias. Ler para as crianças pode não ser suficiente para melhorar a sua literacia.


Os resultados deste tipo de programas continuam a gerar polémica, contudo o programa “Head Start” demonstra conclusões muito positivas:
  • Com 3 anos de idade, as crianças que participam nestas actividades possuem um leque de vocabulário superio
  • Verifica-se um significativo desenvolvimento a nível social e emocional (segundo o departamento de saúde e serviços humanos dos Estados Unidos, em 2002)
  • Os participantes destes programas atingem melhores resultados em testes de conhecimento, reprovam poucas vezes e atingem melhores classificações na escola (segundo Barnett, 2002; Ludwig and Miller, 2007);
  • A nível de saúde registam-se mais imunizações e acesso a cuidados dentários, e menos óbitos;
  • A nível económico, o que seria uma fonte de despesa, demonstra ser uma fonte de receita, por cada dólar investido, ganha-se 9 dólares (segundo Meier, 2004)

Período crítico

Os períodos críticos são caracterizados por momentos específicos na vida do bebé, onde é "aproveitado" para se fazer modificações que, futuramnete irão ter repercussões na vida da criança, nem devem ser feitas demasiado code, nem tarde, o período crítico é este momento exacto.
    "(...) momento no qual um grande efeito pode ser produzido por uma pequena modificação das condições, contrariamente a qualquer outro período mais tardio ou precoce da vida."
John P. Scott 
    Foi realizada uma experiência com dois gémeos, Johny e Jimmy, o primeiro foi treinado precocemente a fazer uma série de actividades, o segundo foi treinado na mesma, mas num espaço maior de tempo. O que se pôde concluir deste estudo foi que a experiência precoce nem sempre influencia certos comportamentos. A criança tem de ser "treinada" na altura certa, para podermos "tirar proveito" do período crítico, se for cedo ou tarde de mais a criança pode sofrer problemas ou prejuízos.

Relação Bebé- Mãe

Bebé,

1. O bebé não é um ser passivo
  • os fetos com sete meses já têm relações diferenciadas
  • após o nascimento, o bebé já discrimina sensações

2. O bebé troca sinais com figuras parentais (regulação mútua):
  • manifestadores das suas necessidades
  • manifestadores das suas emoções

3. A regulação mútua permite respostas adequadas:
     O choro
  • 4 tipos de motivação para o choro: fome, desconforto, frustração, dor;
  • provoca reacções de preocupação, de responsabilidade e de culpa.

    O sorriso
  • só aos 2/3 meses, é que o sorriso passa a ser intencional e activo;
  • aos 6 meses, constitui já um acto social dirigido a figuras preferenciais.

      As expressões faciais
  • as expressões faciais revelam a expectativa de uma resposta;
  • mas, a nossa leitura depende muito das nossas convicções.

     As vocalizações
  • funcionam como estímulo para as vocalizações dos adultos;
  • a troca adquire a forma de conversação.
(a vocalização não é entendível ainda, o bebé vocaliza por imitação)
http://www.alunosmeto.com/blog/wp-content/uploads/2009/11/bebe-8710.jpghttp://www.tribunadeituverava.com.br/fotos_noticias/3135.jpg

Mãe,

As fantasias da mãe (há mães que já falam com o bebé)
  • A mãe afasta-se do mundo exterior;
  • A mãe centraliza-se quase exclusivamente no bebé;
  • Fazem-se projectos de futuro.

O bebé reage
     1. com alegria à satisfação das suas emoções;
     2. com ansiedade e frustração à sua não satisfação.

Relação bebé/mãe (até aos 18 meses: Eric Erikson):
  • confiança/desconfiança (segurança/medos e receios);
  • estes 18 meses são fundamentais no futuro do indivíduo;
  • irão permitir encarar o mundo de forma positiva, ou não.

Relação mãe/bebé (modelo continente-conteúdo: Wilfred Bion)
    Conteúdo: medos, emoções e angústias vividos pelo bebé
    Continente: a mãe é depositária dos sentimentos do bebé

Face à ansiedade vivida pelo bebé, a mãe irá…
  • Interpreta-la como teatral – agrava a situação de ansiedade (a mãe não é continente)
  • Ficar alarmada – passa para o bebé a sua própria ansiedade (a mãe não é continente)
  • Acolher a angústia e a ansiedade do bebé – transforma a inquietação em segurança (a mãe é continente)

A vinculação

    Necessidade inata e básica do bebé para manter relações de proximidade e afectividade com as suas figuras preferenciais:
  1. Informa a mãe do desejo de interacção de bebé;
  2. Comportamentos de vinculação: o sorriso, a vocalização, o agarrar, o gatinhar, e o choro
    http://i258.photobucket.com/albums/hh278/meusrecados/bebes/bebes23.gif
Os bebés devem ter várias figuras de vinculação:
  • facilita a aprendizagem por observação;
  • a estimulação é mais rica e variada;
  • uma relação de ansiedade pode ser compensada com uma outra relação mais segura.

Em suma,

    O processo de vinculação permite a manutenção do nosso lado afectivo, está ligado à nossa atitude enquanto seres humanos. É este processo que nos caracteriza e nos faz ser quem somos.

É usual dividir o processo de vinculação em três fases:
     1. Até aos 6 meses: formam-se os processo de discriminação de figuras de vinculação. É importante a presença contínua de uma figura de vinculação (as separações devem ser breves).
     2. Dos 6 meses aos 3 anos: as crianças não só manifestam preferência por determinadas figuras, como revelam medo, cautela ou, inclusive, rejeição clara por outras.
     3. Após os 3 anos: a criança desenvolve uma vontade própria e compreende as acções do outro. O desenvolvimento da linguagem e da sua capacidade de pensar em função do tempo e do espaço aumenta as suas capacidades cognitivas e permite-lhe suportar o afastamento da figura de vinvulação (essencial para o desenvolvimento da autonomia).
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirJq7NfPkMqMeSZe7yTNlODr3W8oDogGdfJwMgNw0Dun7WeOZadPuB2Q-OwjNdCLh827HwFOf_RtK0oJAN-8xkouQvMfjlq95HznCDeUTdyAaA6XlW-WR0312FrC0AMh5xslldcuJ32OUn/s400/Mae-bebe.jpg


Experiência precoce

 A experiência precoce ocupa uma área de grande importância no crescimento e desenvolvimento do Ser Humano, na medida em que nos permite identificar a razão pela qual somos afectados física e psicologicamente pelas nossas experiências "antes do tempo".
Sprinthall, Norman A. & Sprinthall, Richard C., 1990
    
    Tudo o que sejam experiências realizadas logo muito cedo, nas primeiras horas ou dias, são consideradas experiências precoces. Um dos autores que escreveu sobre ela foi Freud, este destacava que as expreriências vividas na infância eram determinantes no desenvolvimento da personalidade.

Maturação física na adolescência

 A adolescência é definida como o período de crescimento/desenvolvimento que ocorre entre o início da puberdade e o alcance da maturidade física e emocional. As raparigas sofrem maiores modificações durante a puberdade que os rapazes, têm tendência a atingir a puberdade antes e levam menos tempo para chegar à maturidade. 
A adolescência nas jovens começa por volta dos 11 anos de idade e vai até os 16. Nos rapazes, o período correspondente vai dos 13 aos 18 anos de idade. Depois os 14 anos aproximadamente, os rapazes são, em geral, mais pesados e altos que as raparigas.

    Alterações físicas nos rapazes:
  • aumento dos orgãos genitais;
  • aparecimento de pêlos púbicos, na face e nas axilas;
  • a voz torna-se mais grave.
     Nas raparigas...
  • crescimento dos seios;
  • surgem pêlos púbicos e também nas axilas;
  • aparecimento da primeira menarca.
    Os adolescentes com dificuldades de se adaptar às mudanças físicas podem-se tornar depressivos ou apáticos. Por outro lado, existem ocasiões onde o bem estar excessivo leva o adolescente a surtos de entusiasmo.

    Reacções contra a autoridade são comuns: o jovem neste período frequentemente experimenta o desejo de expressar sua própria personalidade, formar um carácter definido e provar o máximo de sensações possíveis.

    Estas mudanças naturais no comportamento provocam stress no adolescente e esta angústia deve ser reconhecida pelo próprio adolescente ou pelos seus pais.

    Os adolescentes sofrem uma pressão considerável de seu próprio grupo. O processo de maturação do corpo em direcção à maturidade física também pode causar algum desconforto e embaraço. Os pais podem ajudar transmitindo compreensão, simpatia, conselhos e discussões sobre todos os problemas fisiológicos e psicológicos que acompanham este período da vida. Os adolescentes que levam mais tempo para amadurecer, especialmente os rapazes, têm tendência a uma auto-estima menor que aqueles que amadurecem precocemente ou em uma idade média. 

Desenvolvimento motor e sensorial

    Sabe-se que o desenvolvimento motor é o processo de mudanças no comportamento motor que envolve tanto a maturação do sistema nervoso central, como a interacção com o ambiente e os estímulos dados durante o desenvolvimento da criança.
  • Progressão céfalo-caudal - o controle motor segue uma progresssão de desenvolvimento que vai das movimentações da cabeça (postural e exploratórias), seguindo da cintura escapular, abdominal, pélvica e membros inferiores. Desde o inicio dos ganhos posturais até à mobilidade dependente, decorre um ano. Esta evolução é resultado do aperfeiçoamento das acções na direcção céfalo-caudal.
Ex: no período neonatal, os bebés controlam primeiro a musculatura da cabeça, pescoço e tronco e só mais tarde das pernas e dos pés;
No estádio pré-natal, primeiro forma-se a cabeça, depois os braços e por último as pernas
  • Progressão próximo-distal - controle da musculatura do centro do corpo às extremidades. Acontece em relação aos processos de crescimento do corpo e nos ganhos de habilidade motoras.
  • Progressão da acção concentrada para específica - movimentos como pegar em objectos tornam-se fluidos, uma vez que o bebé já tem em conta as caracteristicas do objecto e do ambiente em questão.

 Desenvolvimento Sensorial

O bebé está constantemente a receber e a responder aos estímulos do ambiente em que vive. Por volta do sétimo mês no útero, os cinco sentidos (olfacto, visão, audição, paladar, tacto) estão desenvolvidos. Como recém-nascido, já pode ver, ouvir, sentir, saborear e cheirar. Alguns dos cinco sentidos do recém-nascido precisam de um tempo para se desenvolver completamente. Portanto, a partir do nascimento, o bebé tende a desenvolver estes sentidos através da interacção e da adaptação ao novo meio.

Desenvolvimento na infância e na adolescência

 

Desenvolvimento Pré - Natal

Antigamente só se falava da criança após o seu nascimento, mas, hoje, já há a preocupação com ela desde que há a concepção, isto é, 270 dias antes.
Período germinal - da concepção aos quinze primeiros dias.
Período embriónico - dos 15 dias ao segundo mês
Período fetal - do segundo mês até ao nascimento

Influência pré-natal


“Com a evolução do pensamento humano, a visão geral sobre o feto como criatura passiva, dependente, que vive em estado nirvânico, como um vegetal, e o útero como lugar silencioso, sereno e totalmente isolado, foi sendo modificado.”
Souza-Dias, 1996
    Pesquisas recentes sugerem que a saúde física e emocional da mãe pode afectar o desenvolvimento fetal. Dado que o sangue do feto é o mesmo que o da mãe, o regime alimentar e a saúde materna influencia o desenvolvimento do corpo e do cérebro do bebé. A subnutrição pode ter como consequência um retardamento no desenvolvimento cerebral e, portanto, futuras limitações mentais.
  • Certas doenças da mãe – diabetes, sífilis, toxoplasmose, rubéola, sida, etc. – podem determinar perturbações físicas e/ou mentais na criança.
  • Os produtos químicos – por exemplo, medicamentos ingeridos pela mãe - ao serem incorporados na corrente sanguínea, podem afectar de diferentes maneiras o desenvolvimento da criança. São conhecidas as deformações físicas (criança sem braços ou sem pernas) produzidas por um tranquilizante usado pelas grávidas na década de 50 – a talidomida.
  • Os bebés de mães toxicodependentes (em heroína e cocaína, por exemplo) podem tornar-se dependentes de droga ainda no útero materno, apresentando, ao nascer, sintomas de carência: irritabilidade, inquietação, vómitos, convulsões, insónias.
  • A ingestão de álcool em quantidade, durante a gravidez, pode provocar o que se designa por síndroma alcoólica fetal: problemas de coordenação motora, distorções nas articulações, anomalias faciais, inteligência subnormal…
    O estado emocional da mãe também pode ser um elemento perturbador. Sabe-se hoje que, quando a mãe vive uma crise emocional grave, os movimentos do feto aumentam muito significativamente. Estudos de correlação sugerem que os bebés, cujas mães viveram situações de grande stress durante a gravidez, apresentam grande instabilidade e excesso de choro, durante a primeira infância.

A identidade sexual

A identidade sexual indica a percepção individual sobre o género (masculino ou feminino) que uma pessoa percebe para si mesma. Assim como o termo "sexo" pode assumir várias interpretações costuma-se separar orientação sexual do conceito de identidade sexual. O termo identidade de género aproxima-se da identidade sexual mas também mantém diferenças conceituais significativas.


Relação entre identidade sexual, orientação sexual e identidade de género:
    A identidade sexual pode ser exclusivamente masculina ou feminina. Também pode manifestar uma mistura entre a masculinidade e feminilidade, admitindo várias categorias entre homossexualidade com inversão sexual de papéis de género,” travestibilidade” e transexualidade. A identidade sexual difere em conceitos de orientação sexual pois a identidade sexual fundamenta-se na percepção e individual sobre o próprio sexo, masculino e feminino percebido para si, manifestado no papel de género assumido nas relações sexuais e a orientação sexual fundamenta-se na atracção sexual por outras pessoas. Difere também da identidade de género no sentido em que a identidade de género está mais correlacionada com a maneira de se vestir e de se apresentar na sociedade, enquanto a identidade sexual se correlaciona mais directamente com o papel de género sexual. Algumas vezes considera-se que um transexual do biótipo masculino, cuja orientação sexual é somente por homens e que se relacione sexualmente apenas no papel feminino, possa ser considerado heterossexual. Nos casos mais comuns, homens e mulheres identificam-se no biótipo sexual natural, sem manifestar desejos pela transgenereidade.

Etologia

    A etologia é a disciplina que estuda o comportamento animal. Ligada a Konrad Lorenz e Niko Tinbergen, tem como uma de suas preocupações básicas a evolução do comportamento através do processo de seleção natural (influência da teoria darwiniana).
    Segundo Darwin (1850, apud Bowlby,1982), cada espécie é dotada do seu próprio repertório peculiar de padrões de comportamento, da mesma forma que é dotada de suas próprias peculiaridades anatómicas.
    Os etólogos estudam esses padrões de comportamento específicos das espécies, fazendo-o preferencialmente no ambiente natural, uma vez que acreditam que detalhes importantes do comportamento só podem ser observados durante o contacto estreito e continuado com espécies particulares que se encontram livres no seu ambiente.
    Segundo Lorenz, todo o comportamento é instintivo, predeterminado no sistema nervoso. Enquanto que os behavioristas estudaram o comportamento do animal no ambiente artificial de laboratório, os etólogos vão faze-lo no contexto natural, era um modelo centrado no papel do ambiente.


Genética Comportamental

 A genética comportamental é uma disciplina científica que estuda os mecanismos genéticos e neurobiológicos envolvidos em diversos comportamentos animais e humanos. Podemos, então, caracterizá-la como uma área de intersecção entre a genética e as ciências de comportamento.
    É, também, um campo no qual a variação entre os indivíduos é dividida entre componentes biológicos e componentes ambientais. As metodologias mais comuns de pesquisa são estudos envolvendo famílias, gémeos e casos de adopção.
    As pesquisas no campo da Genética Comportamental têm demonstrado que praticamente todos os aspectos da personalidade humana têm a sua origem tanto em factores biológicos como em factores ambientais.
    No seu estudo, a genética comportamental baseia-se em algumas questões fundamentais:
  • Pode um traço comportamental influenciar uma família?Se é verdade, podem os genes explicar as semelhanças e as diferenças individuais?
  • Se é verdade, ainda, qual é a natureza da influência genética?
  • Onde é que os genes estão localizados?
  • Quais as proteínas que são portadoras de códigos genéticos?
  • Como é que cada gene produz uma determinada função?
    Para responder a estas questões desenvolveram-se os dois seguintes métodos:
1. Métodos epidemiológicos - baseiam-se no estudo de clusters de traços especiais em famílias e populações. O seu objectivo é facultar explicações que permitem a divisão e a quantificação das influências genéticas, por um lado, e ambientais, por outro.
2. Métodos de genética molecular - baseiam-se no estudo da bioquímica do DNA; são aplicados na identificação e localização de genes; são realizados com animais que permitem a manipulação desses genes: estudos de associação e estudos de mutação e sequências de DNA.

Hereditariedade Vs Meio

Actualmente existe um consenso em aceitar que o desenvolvimento é influenciado quer por aspectos genéticos quer por aspectos ambientais. O problema surge, quando os tentamos relacionar entre si, e perceber em que momentos do desenvolvimento uns têm um papel mais determinante que os outros. Por exemplo, as nossas características morfológicas (Um cérebro, duas orelhas e um nariz), são um constructo longo, inserido na nossa filogénese, que determina a nossa espécie.
    No entanto, a Linguagem, apesar de ser um património da nossa espécie, no seu processo de maturação encontra-se dependente da interacção da criança com o meio. Todos temos capacidade genética de sentir e pensar, mas o facto de nos sentirmos mais ou menos satisfeitos connosco próprios, ou de resistirmos mais ou menos às frustrações tem a ver com a nossa história pessoal e com a memória das nossas experiências.