domingo

Desenvolvimento do adulto e o trabalho

  A tipologia de interesses vocacionais de J. Holland, hegemónica no campo da psicologia vocacional, considera a escolha da carreira como expressão directa da personalidade. O modelo propõe seis tipos de interesse ou factores de personalidade vocacional:
  • Realista;
  • Investigativo;
  • Artístico,
  • Social;
  • Empreendedo;
  • Convencional.
    Holland sugeriu que as preferências vocacionais estão relacionadas às diferenças em capacidades e disposição para fazer transições de carreira. O mercado de trabalho actual requer profissionais adaptáveis e capazes de gerenciar as suas carreiras. Estes comportamentos podem ser descritos através dos conceitos de comprometimento e entrincheiramento de carreira. O comprometimento inclui a identificação com o trabalho e o planeamento da carreira. O entrincheiramento refere-se à imobilização do sujeito numa ocupação devido à falta de alternativas de carreira e ao medo da mudança. Adultos na meia-idade são propensos ao entrincheiramento devido à restrição das suas oportunidades de crescimento profissional neste período. É também nesta época que surgem as preocupações generativas. A generatividade significa o envolvimento do indivíduo com o bem-estar das próximas gerações e o seu desejo de ser lembrado na posteridade.
    Diferenças de personalidade têm sido associadas à adaptabilidade de carreira e à generatividade. A generatividade correlaciona-se positivamente com o comprometimento e negativamente com o entrincheiramento. Pessoas convencionais revelam menor generatividade em comparação com artísticas, sociais e empreendedoras. Na idade adulta média, pessoas investigativas mostram maior entrincheiramento do que empreendedoras e realistas. Pessoas empreendedoras mostram maior planeamento de carreira do que realistas e sociais. A adaptabilidade de carreira e a generatividade estão relacionadas a pessoas com interesse vocacional, corroborando a importância de factores de personalidade para o entendimento do desenvolvimento adulto. As implicações teóricas e práticas são discutidas.
 http://www.saveforhouse.com/images/woman-working-weekend-job.jpg
 
Discriminação da mulher agravou-se
2009-05-23
A participação das mulheres no mercado de trabalho tem vindo a aumentar nas últimas décadas, representando actualmente 47% da população activa, mas elas ainda ganham menos do que os homens e ocupam os postos de trabalho menos qualificados.
Estes são os resultados de um estudo da CGTP, feito com base em dados do INE, acrescentando que em 2008 as mulheres tinham uma taxa de actividade de 48%, menos 10 pontos percentuais que a taxa masculina, que foi de 58%.
Actualmente, mais de 2,4 milhões de mulheres portuguesas trabalham , 78% das quais por conta de outrem, o que mostra, segundo a CGTP, que a taxa de assalariamento das mulheres é superior à dos homens.
O estudo, que a Intersindical apresentou na V Conferência para a Igualdade entre Mulheres e Homens, refere que o emprego feminino aumentou apenas 1,8% entre 2005 e 2008 e considera que isto é "o reflexo do aumento da precariedade". Neste período aumentaram 23% os contratos não permanentes entre as mulheres trabalhadoras e desceram 1% os contratos permanentes.
De acordo com Odete Filipe, coordenadora da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP, nos últimos quatro anos verificou-se "um retrocesso na emancipação económica das mulheres" provocado pelo aumento do desemprego feminino e discriminação salarial.
Esta Comissão vai pedir aos partidos políticos e ao Governo, neste período pré-eleitoral, que defendam o emprego sem precariedade, melhores salários e ajudem a combater a discriminação entre homens e mulheres.
"O nosso objectivo é que o partidos adoptem, neste período de eleições, políticas que promovam a igualdade e combatam a discriminação", disse Odete Filipe.
in Jornal de Notícias

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